quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Constrangedor

A contínua veio trazer os potes do periódico hoje. Recebi o da coleta da urina, e algum ser inomeável perguntou: "não chegou o de fezes?".
Pra que perguntou?
"Gente, que grosseria!"
É tudo que eu pensei quando, cinco minutos depois, a contínua me retorna com portes tipo 500ml de sorvete sem nome. Risada geral. Bochechas avermelhadas e risadas incontroláveis.
Quando vi aquilo, além dos olhos mega-arregalados, devo ter esboçado alguma face rubra e febril super exagerada.

Tá que é uma coisa normal, que é comum do ser humano, que é uma necessidade fisiológica. Mas eu tenho esse bloqueio, ok?
Eu já não sabia onde enfiar minha cara, quando a Suellen comentou que a guia dela não solicitava tal exame. Como estamos relativamente na mesma faixa etária, tudo que me correu a cabeça era catar a guia e procurar a lista de exames laboratoriais. BINGO!
Salva de palmas para Suellen que me deu esse alívio.

Depois disso, um pouco mais alíviada, fui dar aquele apoio moral aos colegas, explicando as orientações - sim, porque junto com o 500ml, a gente recebeu um super guia de como recolher o bendito material. Engraçado era eu explicando isso.
Sim, porque eu não tenho problema com o situação dos outros, mas tenho bloqueio com a minha situação em si. Dá pra entender? Lógico que não!
Campanha #terapiaparafernanda mode on!

Enfim, no mais, ficaram os comentários de "não acredito que a gente tá falando sobre isso com você" e o melhor de todos: "o assunto hoje aqui é, literalmente, merda!".
Sem mais!

h'[m]

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Intermináveis

23 versos

Quero entender seus medos
medos que te afastam, que nos separam
ajudar a entendê-los, enfrentá-los
poder te ter mais perto, mais solta

Quero acompanhar cada jornada
dividir cada alegria, abrandar toda sensação ruim
Em cada novo ciclo, comemorar
um sucesso, uma festa, qualquer data

Quero me perder nos seus traços
poder desenhar sorrisos, completar abraços

Mas se o silêncio for inevitável
que a companhia seja confortável
favorável, indispensável
e a vida que segue, de alguma forma, engrandece
aprender, dividir. Aprendendo a dividir.
Do meu jeito, e do seu jeito.

Sei que não sei o que posso ou deveria fazer
que atropelo as etapas, sem contas.
Mas minha falta de norte, um corte,
se tem a tantos nãos e a visita do talvez
a falta de costume com a vida casual.
Você nos encheu de reticências
enquanto eu continuo esperando um ponto final.